O movimento neopentecostal, embora tenha suas origens nos Estados Unidos, se adaptou de forma rápida e peculiar ao protestantismo e evangelicalismo brasileiro. Nosso objetivo nesse curso, é analisar a trajetória desse movimento, de modo que possamos refletir sobre suas origens e seus engajamentos sociais e políticos. O curso visa analisar as últimas duas décadas do século passado, e estende o olhar até o ano de 2020, buscamos refletir assim, os remodelamentos éticos e o engendrar das práticas neopentecostais em outras áreas sociais.
No Brasil contemporâneo, os neopentecostais tem avançado por caminhos que outrora nao foram explorados por seus antecessores pentecostais, não que antes deles não houvessem “Políticos evangélicos” e seus interesses junto a política, porem, claramente, houve por parte das lideranças neopentecostais uma escolha de prioridades, dentre as quais, nunca houve uma preocupação ao que abrangesse as causas sociais, ou que problematizasse as desigualdades. A partir do final da década de 1980, e que podemos perceber que o filtro de prioridades dessas lideranças se encontrava em congruência com as pautas que viriam a ser consideradas neoconservadoras. Buscaremos refletir como o neopentecostalismo extrapolou as margens do pentecostalismo, deixando de ser uma prática de fé ou espiritualidade, e passando a se constituir em uma ideologia expansionista que pode se aplicar e modelar a todas as denominações que anseiem por ela. Para esse fim, analisaremos posturas desses líderes neopentecotais; algumas trajetórias de grupos antitéticos ao movimento na década de 1990; Proporemos um olhar para a importância do Rio de Janeiro como berço do neopentecostalismo brasileiro; entre outros pontos que poderão nos conduzir, juntamente com o debate sobre os textos propostos, por um bom caminho de reflexão.
Público Alvo: Estudantes de graduação de história ou áreas afins.